
Porém, essa idealização deveria se concretizar em atos, em ações, nos momentos em que se fizesse oportuno, para que não levasse ao esmorecimento esse grupo de brasileiros que torce para que as FFAA permaneçam unidas em quaisquer situações.
Lamento dizer que isso não está ocorrendo, no momento em que o Exército é crucificado no Rio de Janeiro. Nenhuma voz das outras Forças se levantou em solidariedade à sua co-irmã de armas. Um silêncio pesado permanece, como se elas não existissem. Parece que a Aeronáutica e a Marinha enrustiram-se num casulo e adotaram a norma da retórica palaciana: “nada sei, nada vi, nada ouvi.” “Isso não é comigo”, devem dizer aos seus botões da farda os comandantes de cada uma das duas Forças, esquecidos de que, amanhã, poderão sofrer a mesma tentativa de desmoralização que vem ocorrendo com as tropas de terra.
Se houve solidariedade, nada foi divulgado; nada foi comentado; nada foi publicado. O silêncio, sim, permanece, inquietante, demonstrando que a unidade das Forças é, apenas, um mito, pois parece que foi rachada em algum ponto do elo e, portanto, é preciso, com urgência, reforçá-lo, antes que... tenho até receio de pensar.
Por que elas se calam...?