TERNUMA Regional Brasília
Gen Div Ref Agnaldo Del Nero Augusto
Desde o primeiro momento em que se falou em abrir os Arquivos da Ditadura aplaudimos de pé. Não desejamos outra coisa. Não temos o que esconder. Não temos o que temer. Não queremos nada além da VERDADE. Quem tem medo da verdade são os mentirosos, os comunistas, os subversivos. Nós, pelo contrário, agora precisamos restabelecer a VERDADE. Por isso desde que tomei conhecimento do provérbio citado por Soljenitsin na abertura de seu livro “Arquipélago Gulag“: Não se deve... não se deve remexer no passado! Aquele que recorda o passado perde um olho! Aquele que o esquece perde os dois! Enquanto viver e tiver um olho hei de remexer o passado, buscando colocar a verdade à tona. Este se tornou meu objetivo de vida Nós precisamos da verdade. Mas Soljenitsim, embora tenha passado 38 anos de indescritível sofrimento nos campos de trabalho forçado soviéticos, de onde poucos saíram com vida, também disse: O pior do comunismo não é a opressão é a mentira. Com a mentira e valendo-se de técnicas psicológicas de indução, os comunistas patrícios montaram uma Mitologia Histórica do Brasil.
Apesar de respeitar muito o general Leonidas, suas posições firmes em defesa do Exército, lamentei muito, muito mesmo, sua decisão de guardar as informações de que dispunha. Apesar de entender as circunstâncias, considero que cometeu um equívoco de avaliação irreparável. Foi uma oportunidade perdida daquelas que não voltam mais. Foi a oportunidade de tomar a iniciativa. Foi a oportunidade de sair na frente. Postos aqueles dados nas mãos de um escritor, a história estaria escrita. Perdida a oportunidade, caímos na defensiva. Os subversivos, com alta escola em guerra psicológica, saíram na frente, na Ofensiva. Na guerra psicológica o princípio da ofensiva é tão ou mais importante que na guerra convencional e não se ignora que eles movem uma guerra psicológica permanente contra as Forças Armadas,
Não desconhecemos o dito de Francis Bacon: “ o tempo é o senhor da verdade”. Sempre entendemos, porém, seu aforismo com o tempo sendo capaz de apagar ou atenuar as paixões. Todavia, o tempo nada esclarece. Se ficarmos parados, olhando “a banda passar”, se não apresentarmos ou agregarmos novos dados para esclarecer os fatos e episódios, mostrar as omissões, tornar claro o contexto em que ocorreram, sem paixão, a verdade não surgirá por idade, principalmente depois que uma versão, mesmo mentirosa, estiver consolidada.
Visite nosso site www.ternuma.com.br
O Gen Div Ref Agnaldo Del Nero Augusto é autor do livro A Grande Mentira - Biblioteca do Exército - 2001