
Antônio Mourão disse ao Jornal do Brasil que “nós já identificamos algumas pessoas ligadas às Farc em povoados e comunidades rurais brasileiras”.
Ele explicou que os guerrilheiros "são de origem indígena, têm parentes no Brasil e entraram no país à paisana e sem portar armas". Por essa razão, patrulhas têm sido realizadas permanentemente ao longo do Rio Negro, onde os rebeldes estariam refugiados.
A Polícia Federal localizou vários deles em São Gabriel da Cachoeira (AM). De acordo com a PF, os rebeldes têm oito dias para deixar o país. A PF apurou que os guerrilheiros não têm a pretensão de atuar no Brasil, mas usam a cidade de São Gabriel para comprar suprimentos para a guerrilha.
De qualquer forma, os integrantes das Farc têm sido monitorados e qualquer pessoa envolvida com a guerrilha pode ser presa, assegurou a Polícia Federal.
Vazio amazônico
Na segunda quinzena de outubro, o Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno Ribeiro, afirmou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que “o vazio de poder na Amazônia é a maior ameaça à soberania nacional”.
O discurso foi corroborado pelo general Antônio Mourão que também cobrou maior presença militar na fronteira do Brasil com a Colômbia, região vigiada por apenas 1,7 mil soldados quando seriam necessários pelo menos três mil.
Os guerrilheiros das Farc têm fugido de San Felipe, cidade que controlavam há oito anos, desde que o governo Uribe intensificou a presença militar colombiana no município.
Brasil envia ajuda humanitária a refugiados no Equador
Nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro enviou 56 toneladas de alimentos, 10.550 kits de higiene e cinco mil cobertores, no valor total de US$ 76 mil, para auxiliar o Equador no atendimento aos refugiados colombianos naquele país.
De acordo com o Itamaraty, o fluxo de refugiados para o norte do Equador aumentou particularmente no último trimestre. A esmagadora maioria dos colombianos que fogem para o Equador foram expulsas do país pelas Farc.
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